quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Loteamento discute formas comunitárias de Segurança Pública e Prevenção a Violência

 
Na sexta-feira, dia 10 de fevereiro de  2012 – ano da realização do sonho da casa própria para as 157 famílias do Loteamento Jardim Eldorado –  foi realizado um encontro/palestra sobre a questão da segurança e prevenção a violência na nova comunidade, reunindo 76 pessoas entre beneficiários titulares, Comissão de obras, familiares, visitantes e técnicos.  Inicialmente foi distribuído o Boletim Informativo n. 4, apresentadas algumas orientações da Cooperativa e esclarecidas duvidas sobre o andamento das obras. Frente a expectativa antecipada dos futuros moradores foi reafirmado que as obras seguem um ritmo positivo e  regular, não havendo problemas que possam colocar em xeque o projeto.
 Na abordagem do tema “Segurança e prevenção a violência” pelo monitor Marco Rodrigues do Núcleo: ‘Violência, Segurança e Direitos Humanos” da Guayí, foram identificados os tipos de violência na sociedade, as causas/raízes da violência e da criminalidade, como a violência se manifesta em nosso cotidiano e, principalmente, as formas alternativas de enfrentar o problema. Neste sentido, é urgente a mudança de mentalidade que defende um modelo policial/repressivo e estatal (do Estado e dos governos) como a única forma de tratamento do assunto, em favor de um paradigma alternativo que articule três eixos: o primeiro que contemple a participação social no qual as comunidades sejam envolvidas e protagonistas na construção da segurança local e das políticas de segurança do Estado; o segundo eixo consiste no funcionamento das forças e órgãos policiais para que atuem de forma integrada, complementar, qualificada e com inteligência, além de uma forma respeitosa dos direitos humanos; e o terceiro elemento consiste em ações e políticas sociais visando amenizar ou resolver questões e problemas específicos potencializadores da violência e da criminalidade. Enfim, levando-se em conta esses elementos estará se construindo uma forma de segurança que, além de atuar quando o problema existir, será preventiva, ou seja, estará diminuindo as questões que facilitam o surgimento e a expansão da violência nas comunidades.  Assim, a comunidade local do loteamento foi desafiada e pensar na segurança e na prevenção a violência, a começar pelas relações solidárias de vizinhança, que facilita a convivência, a troca de informações, a entre-ajuda frente aos problemas, o cuidado  e a atenção com o patrimônio e os equipamento públicos comunitários, entre outros aspectos e projetos que futuramente poderão ser desenvolvidos localmente.
 


Ao final do encontro 38 pessoas responderam um questionário avaliativo da oficina e do processo em sua totalidade onde 90% consideraram ótimo e boa o debate sobre segurança, o trabalho social, o boletim informativo e a satisfação geral com o projeto.  E, num grau um pouco menor, mas também positivo, entre 60 a 80%, foram avaliados aspectos como as obras e seu acompanhamento pela Comissão – CAO-, a engenharia, a cooperativa, a integração e a auto-crítica de participação dos beneficiários.
O próximo encontro será no dia 10 de março, as 15 horas, no canteiro de obras, para visitação das casas, socialização das informações e questões afins e, logo após, a primeira reunião do grupo interessado em fundar a Associação de Moradores que terá a responsabilidade de articular a comunidade na conquista dos serviços públicos e outros projetos comunitários.